A escrita é uma maneira de expressão, de liberdade. A leitura é a base para o conhecimento e a maturidade.
Com o Caderno Digital Bábi Brambilla procuro demonstrar os projetos de redação em Língua Portuguesa realizados ao longo do ano de 2011. Temas variados são propostos através de textos dissertativos e argumentativos.
Estou aberta a opiniões, tais como elogios ou críticas.
Aprecie a leitura. Viva, sonhe, realize, seja feliz!




terça-feira, 20 de setembro de 2011

A união faz a força




            Numa sociedade na qual a violência marca capa de jornais, revistas, é transmitida ao vivo e a cores em telejornais, muitos sofrem jorrando lágrimas de desespero. Os valores éticos e morais passaram a ser desvalorizados pelo homem. Ele tem se tornado desumano ao praticar atos por puro interesse individual e egoísta. Assaltos, assassinatos, invasões, terrorismo, brigas, envolvimento em drogas e interesses doentios assombram nosso mundo escasso de seres pacificadores e prestativos.
            Com poucas alternativas de combate, muitas pessoas acomodam-se em seus belos sofás, assistindo às tragédias que envolvem o planeta. Argumentos pessimistas demonstram a indisposição dos cidadãos de combater os problemas que todos sofremos. Raros são aqueles que dispõem de seu tempo a trabalhos voluntários, organizações coletivas, grupos de caridade, meios de solução para tantas precariedades que estampam nossa sociedade. Fazem a sua parte, cumprem seus papéis de seres humanos, pensam nos menos beneficiados. Infelizmente, são pouco reconhecidos dentre tanta violência e desorganização. Sozinhos, atuam parcialmente e acabam sofrendo pelas duras barreiras dos fortes inimigos.
            Tal como átomos que, unidos, formam elementos, base de toda a matéria viva que compõem em grande escala e força nosso planeta, seres humanos em conjunto na luta de um mesmo objetivo são capazes de tornar simples atitudes em ações poderosas contra seu alvo. Nessas obras conjuntas, são necessários voluntários de todas as partes do mundo. Cada pessoa conta como uma grande contribuição, organizações estão sempre de portas abertas na espera de almas prestativas e de valores que buscam ajudar o outro e, consequentemente, a si próprias.
            Todos buscam deixar sua marca. Existe melhor maneira do que contribuir com o planeta de forma benéfica? O homem nasceu para viver em sociedade, em união. Através de ideias levadas à prática, as boas novas serão vistas com mais frequência, o mundo curar-se-á de tantas enfermidades. A vitalidade, o amor ao próximo, a gratidão, o afeto, a harmonia e a paz compensarão nossos esforços grandiosamente, afinal, a união faz a força.

A desesperadora crise social

       

            Pessoas com bons princípios são difíceis de encontrar. Valores éticos e morais estão passando cada vez mais batidos. As novas tecnologias vêm facilitando tarefas simples, exigindo cada vez menor esforço físico e mental. O homem lentamente torna-se incapaz de pensar de forma racional, é iludido pelas novas ideologias propostas pela sociedade. O lucro é visto como foco e o individualismo parece tomar conta do mundo atual.
            Ouvimos, em todas as clássicas reuniões de família ou mesmo de amigos, reclamações das gerações anteriores em relação a fatos e atitudes presentes em nossa realidade moderna. “No meu tempo as coisas não eram assim.” Aparentemente esses argumentos são ouvidos com desinteresse, intolerância e desvalorização. “È sempre a mesma coisa.” Nunca paramos para refletir o que nos foi concebido. Os mais velhos são postos como chatos, entediantes e monótonos, são indiretamente excluídos da sociedade.
            No decorrer da vida, inúmeras situações nos fisgam com brutalidade. Fazemo-nos vítimas das crises sociais e culturais. Sentimo-nos injustiçados ao não encontrar honestidade, caráter, humanismo e boa vontade nos indivíduos ao nosso redor. O ser humano percebe o quanto desumano vem se tornando. Agindo como selvagem, pisando nos outros para crescimento próprio. Individualismo e egoísmo estampam-se em sua face.
            Latentes neste breu infinito estão os poucos indivíduos possuidores dos valores tão escassos. Eles que acabam sendo anexados num contexto de exclusão, são raramente reconhecidos. Porém, são capazes de fazer a diferença. Resta a nós, viventes das contínuas crises sociais, buscá-los em nossos interiores, em nossas mentes e em nossos corações. Deixar nossa marca no mundo. Lutar pela mudança, pela melhora. Basta querer.

Amor ou dependência?


           Ter um companheiro ao seu lado é uma das ideologias que, ao longo dos anos, vem tornando-se mais absorvida. Para grande parte das pessoas, estar comprometido já não leva mais o peso como antigamente. Muitos possuem um parceiro mas não se contentam e, consequentemente, relacionam-se com outro alguém.
            Hoje em dia, nas pessoas existe um sentimento de dependência junto a carência e medo de ver-se só. Busca-se um namorado, alguém para apoiar-se, sentir-se segura e protegida, que a faça feliz já que, só, não encontra a felicidade. Esta fragilidade que nos consome tem tornado os relacionamentos desagradáveis nos quais um dos dois ou mesmo ambos cultivam a possessão, o ciúme, a extrema preocupação pelo outro, um dos motivos pelo qual há traições e o tradicional vai e vem dos términos e reconciliações amorosas.
            Solteiro, o individuo passa a ser rotulado como festeiro, relaxado, despreocupado com o amanhã ou mesmo inferior. Muitas vezes acaba “segurando vela” em encontros de casais, carregando um sentimento de solidão. Assim, busca também uma companhia para afastar-se da sensação de estar inadequado na sociedade.
            Antes de relacionar-se, a pessoa deveria madurecer seu eu interior, sentir-se livre e independente, não buscar no outro a fim de encontrar apoio em consolo, mas para compartilhar suas felicidades e tristezas, respeitando o espaço do outro para, então, ser respeitada. Não é necessário correr atrás de um parceiro. Na hora certa, na qual você realmente terá amadurecido, vai encontrar seu amor, sua companhia para todas as horas.
                                                                      

O segredo da felicidade


            Uma variedade imensa de publicações em artigos, reportagens, livros, televisões, propagandas, e outros meios de transmissão de idéias tentam traduzir o segredo da felicidade. Muitos auxiliam, dão aquele impulso que faltava para levantarmos do chão. Porém, não nos mostram realmente o que tanto buscamos, digamos que nos dão pistas para nossa caça ao tesouro.
            Acredito eu, por minha própria experiência que é uma questão de tempo. Não estou julgando que precisamos somente esperar algo acontecer, sem tomar iniciativas ou decisões. A vida trará inúmeros acontecimentos que farão com que cresçamos, evoluamos nossa mente, mas não é assim tão simples como aparenta ser. Para que amadureçamos, é necessário agirmos perante o que chega a nós. Nem sempre iremos tomas as atitudes certas, podemos errar. O erro faz com que possamos refletir e concluir como acertar.
            Digo tudo o que estou a afirmar, pois nestes poucos anos de experiência, encontrei muitas pistas que me levaram a uma grande descoberta: a felicidade permanece dentro de cada uma das pessoas, na espera de um estímulo para ser ativada. Tirando minhas conclusões, percebi que a intensidade da vida e a felicidade podem-se resumir em simplesmente abrir os olhos, ver a vida com mais cor, com mais brilho. Valorizar cada momento. Parar para admirar algo que nunca fora percebido por nossos olhos acostumados com a contínua rotina. Sentir-se livre, vivo. Olhar-se no espelho, sorrindo e poder dizer: eu sou feliz.
            Não importa o quanto você demore a encontrar o segredo. Basta deixar-se levar pela correnteza da vida, modificando seu percurso quando sentir que precisa. Nada impede que você seja feliz. A felicidade está em tudo. Somente você pode encontrá-la.

O despertar do paladar


            O mundo para. Os externos a situação que sejam pacientes durante segundos nos quais viajo por meu inconsciente, recuperando lembranças que vagavam na esperança de serem revividas. Mastigo mais um pouco, causando explosões e soltando fogos de artifício ao céu da boca que brilham até a alma.
            Paladar. Um dos cinco sentidos essenciais a todos que apreciam o sabor da vida. Através das papilas gustativas presentes em nossa língua, usufruímos de quatro gostos categorizados pela ciência: doce, salgado, azedo e amargo. Entretanto, o que os estudos não conseguem comprovar são as inúmeras sensações que o paladar nos proporciona.
            Jovem, mas também experiente, sou testemunha desta maravilha. Ao ingerir determinada carne ou massa, momentaneamente revivo dentro de mim os costumeiros almoços que reuniam, desde meus avós até a minha geração em um passado recente. Durante o consumo de doces, caracterizados por um sabor inesquecível, perco-me novamente entre minhas valiosas memórias.
            São imensidões de alimentos que tendem a fazer-me apreciar os instantes que proporcionam vitalidade a minha pessoa, relembrando tantas experiências e sensações que se fundem construindo parte de minha história.
                                                                        

The sound of sunshine