A escrita é uma maneira de expressão, de liberdade. A leitura é a base para o conhecimento e a maturidade.
Com o Caderno Digital Bábi Brambilla procuro demonstrar os projetos de redação em Língua Portuguesa realizados ao longo do ano de 2011. Temas variados são propostos através de textos dissertativos e argumentativos.
Estou aberta a opiniões, tais como elogios ou críticas.
Aprecie a leitura. Viva, sonhe, realize, seja feliz!




quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Investimentos mal-direcionados

             Desde a decisão de adotar o Brasil como país sede para a vigésima Copa do Mundo FIFA de 2014, houve conflitos internos em relação às cidades em que irão ser realizados os jogos. Foram selecionadas, no mês de outubro deste ano, 12 cidades-sede para o evento. Entre elas está Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
             As últimas copas foram feitas em países extremamente desenvolvidos. Tais como França, Alemanha, África do Sul... Obviamente as cidades-sedes adotadas possuíam infra-estrutura muito maior que a capital gaúcha. O caos toma conta das ruas, visível pelos próprios habitantes da região. Containers de lixo incendiados, mendigos morando nas ruas, estradas inadequadas, tráfego intenso, greves a todo o momento nas universidades, nos setores médicos e educacionais, todas as precariedades que a cidade possui apenas demonstra que seriam necessários grandes investimentos e consequentemente um tempo maior para desenvolver Porto Alegre antes de receber visitantes para a Copa.
            Além da infra-estrutura precária, o sistema de transporte é inadequado para a mobilidade de tantas pessoas. Atrasos no aeroporto são constantes e precisa de reformas. A violência e a falta de segurança no estado trazem grandes problemas na circulação de turistas. As taxas de criminalidade são altas na capital entre roubos, homicídios, e até mesmo a ação dos ‘flanelinhas’, que riscam carros da rua caso não receberem trocados dos motoristas. A brigada militar não oferece grande eficiência no atendimento aos chamados.
            O turismo dentro do Rio Grande do Sul será dificultado pelas irregularidades na mobilidade pelas estradas, além de pouco possuir habitantes bilíngües.  Os gastos poderiam ser voltados a reformas, construções, modernização e ampliação da qualidade de vida dos gaúchos.  Assim, teríamos capacidade de arcar com os investimentos sem prejudicar a população e a situação financeira do estado.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A visão do progresso

                
                Grande parte da população brasileira costuma inferiorizar o seu país diante das questões culturais, econômicas, políticas e sociais. Reclamações constantes, corrupção divulgada pela mídia, maus comentários poluem a mente da nação. Entretanto, o Brasil, como país emergente, tem se aproximado aos países desenvolvidos em questões mundiais relevantes.
                Crescente no setor econômico, o país passou de oitava à sétima economia mundial, elevando seus índices de exportação para países como a China. Abundante em recursos naturais, desenvolve o cultivo de sementes com fins alimentícios, mas também dispõe de matéria-prima para a indústria pesada e de bens de consumo.
                O Brasil apresenta altas classificações perante as suas campanhas relacionadas à saúde, sobretudo às de vacinação e contra o uso de drogas. No auxílio aos necessitados, a caridade tem estado presente na vida das pessoas em situações simples ou catastróficas, como as enchentes em Santa Catarina, no ano de 2009.
                Pode-se afirmar que a nação brasileira, junto aos projetos políticos e sociais, vem investindo na educação, elevando o número de estudantes. O setor tecnológico e o uso de fontes de energia sustentável elevam o patamar brasileiro na tese de ecologia e sustentabilidade. Já é hora de o brasileiro abrir os olhos e reconsiderar o que há estampado na bandeira do Brasil: com ordem e progresso, o país chega ao sucesso.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A luta pela realização

                 
                Numa sociedade caracterizada pelas conseqüências do sistema capitalista, convivemos com distintas classes sociais. Enquanto o Brasil cresce economicamente, a miséria persiste.
                Julgada pela maioria da população, a pobreza é vista como um ciclo vicioso, sem solução. É associada ao preconceito proveniente dos proprietários diante da contratação de funcionários. Entretanto, parte de cada indivíduo buscar a melhor alternativa de progresso.
                A luta pelo bem viver deve iniciar desde cedo. Optar por um novo caminho, saber avaliar a situação familiar e buscar modificá-la. Por isso é necessário esforço e determinação. Oportunidades estão à espera de candidatos, por mais difíceis que aparentam ser conquistadas.
                Não vale à pena viver queixando-se e justificando-se por condições desfavoráveis. A esperança é a última que morre, e não a razão para ser desconsiderada. O foco no crescimento deve estar em mente, para assim atingir o seu objetivo e acabar com o rótulo que a sociedade impõe superficialmente à pobreza.


              

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ler é crescer.

            A leitura gera conhecimento social e intelectual e, consequentemente, aumenta o desempenho das pessoas em seus empregos e em seus papeis como cidadãos. Um levantamento da Unesco, com 52 países, mostra que o Brasil tem um dos piores índices de leitura e compreensão de texto. As justificativas tomam várias formas. Tais como desinteresse, o custo e a falta de motivação.
            O ato de ler, no conceito da maioria dos brasileiros, vem como uma das últimas alternativas entre suas atividades rotineiras. Antigamente, os livros eram mais acessados como fonte de pesquisa. Com o desenvolvimento da tecnologia, a Internet tomou seu papel. Com tantos meios de entretenimento vindo das inovações tecnológicas, a leitura é deixada de lado. Apesar de haver milhares de revistas e publicações escritas, poucas vezes são lidas integralmente, com interesse e expectativa. A leitura não é vista como sinônimo de diversão, mas sim de obrigação.
            Diz-se que a educação vem de casa. Aristóteles afirma que o homem é um ser que aprende imitando. Os exemplos dos pais são fonte de formação para a criança. São muitos os argumentos que defendem que o hábito da leitura deve partir de dentro do núcleo familiar a partir da infância. Contudo, as famílias brasileiras pouco lêem. Desse modo, seus filhos não terão a ideia de que ler traz prazer, conhecimento e aprendizado. Os preços nas livrarias têm baixado nos últimos anos em virtude das tantas campanhas de incentivo a leitura e pela busca por maior acesso da população brasileira.
            É preciso levar os livros para dentro de casa, habituar-se a acessá-los com maior frequencia. Dispor de variedades dentro do contexto literário, desde jornais a best-sellers. Possibilitar maior acesso para atrair de forma mais eficaz o interesse de familiares e amigos. É necessário levar em conta a moderação diante das tecnologias como entretenimento, para assim obter atributos à cultura de diversos métodos. Ler é descobrir, viajar sem sair do lugar. Também é crescer. Assim o Brasil cresce com você.

Onde está a felicidade?

                                                      
                 A busca por satisfação e felicidade físicas e emocionais sempre esteve e sempre estará entre as ações dos seres humanos. As ideologias impostas pela sociedade vêm desfocando nossas mentes sedentas de luz.
                Há quem defenda a ideia de que antigamente se era mais feliz devido aos valores escassos nos dias de hoje. Afirmam que os jovens não têm limites e ideia do que é felicidade. Aqueles julgados por desvalorizar as coisas não sabem como agir. Saíram do ventre materno em uma época diferente, inovada e confortável. Cresceram num mundo de maior acessibilidade, onde o que era magnífico para antigos viventes tornou-se comum aos nossos olhos.
                A ciência e a tecnologia atualizam-se a cada segundo. O que foi novo ontem já é ultrapassado amanhã. Isso vale para hábitos e pensamentos do ser humano, mas a rigidez e a formação das gerações anteriores não permitem a familiarização com tais adaptações. Resta a elas seguirem seus princípios e defender a ideia de que tudo era melhor em suas épocas. Entretanto, não se deve negar que certos valores eram melhor cultivados. Porém, não justifica o julgamento dos  mais jovens como mal agradecidos pelo que têm e são.
                As novidades devem ser vistas como progresso positivo, pois trazem maiores possibilidades às pessoas. A neofilía e o consumismo devido a tantas opções, a mentes influenciadas pela mídia e aos ideais de um mundo material fazem a insatisfação pessoal de muitos. Salvos são aqueles que resistem e reconsideram suas filosofias de vida e capazes de sorrirem satisfeitos por verem o sol brilhante no céu azul.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A união faz a força




            Numa sociedade na qual a violência marca capa de jornais, revistas, é transmitida ao vivo e a cores em telejornais, muitos sofrem jorrando lágrimas de desespero. Os valores éticos e morais passaram a ser desvalorizados pelo homem. Ele tem se tornado desumano ao praticar atos por puro interesse individual e egoísta. Assaltos, assassinatos, invasões, terrorismo, brigas, envolvimento em drogas e interesses doentios assombram nosso mundo escasso de seres pacificadores e prestativos.
            Com poucas alternativas de combate, muitas pessoas acomodam-se em seus belos sofás, assistindo às tragédias que envolvem o planeta. Argumentos pessimistas demonstram a indisposição dos cidadãos de combater os problemas que todos sofremos. Raros são aqueles que dispõem de seu tempo a trabalhos voluntários, organizações coletivas, grupos de caridade, meios de solução para tantas precariedades que estampam nossa sociedade. Fazem a sua parte, cumprem seus papéis de seres humanos, pensam nos menos beneficiados. Infelizmente, são pouco reconhecidos dentre tanta violência e desorganização. Sozinhos, atuam parcialmente e acabam sofrendo pelas duras barreiras dos fortes inimigos.
            Tal como átomos que, unidos, formam elementos, base de toda a matéria viva que compõem em grande escala e força nosso planeta, seres humanos em conjunto na luta de um mesmo objetivo são capazes de tornar simples atitudes em ações poderosas contra seu alvo. Nessas obras conjuntas, são necessários voluntários de todas as partes do mundo. Cada pessoa conta como uma grande contribuição, organizações estão sempre de portas abertas na espera de almas prestativas e de valores que buscam ajudar o outro e, consequentemente, a si próprias.
            Todos buscam deixar sua marca. Existe melhor maneira do que contribuir com o planeta de forma benéfica? O homem nasceu para viver em sociedade, em união. Através de ideias levadas à prática, as boas novas serão vistas com mais frequência, o mundo curar-se-á de tantas enfermidades. A vitalidade, o amor ao próximo, a gratidão, o afeto, a harmonia e a paz compensarão nossos esforços grandiosamente, afinal, a união faz a força.

A desesperadora crise social

       

            Pessoas com bons princípios são difíceis de encontrar. Valores éticos e morais estão passando cada vez mais batidos. As novas tecnologias vêm facilitando tarefas simples, exigindo cada vez menor esforço físico e mental. O homem lentamente torna-se incapaz de pensar de forma racional, é iludido pelas novas ideologias propostas pela sociedade. O lucro é visto como foco e o individualismo parece tomar conta do mundo atual.
            Ouvimos, em todas as clássicas reuniões de família ou mesmo de amigos, reclamações das gerações anteriores em relação a fatos e atitudes presentes em nossa realidade moderna. “No meu tempo as coisas não eram assim.” Aparentemente esses argumentos são ouvidos com desinteresse, intolerância e desvalorização. “È sempre a mesma coisa.” Nunca paramos para refletir o que nos foi concebido. Os mais velhos são postos como chatos, entediantes e monótonos, são indiretamente excluídos da sociedade.
            No decorrer da vida, inúmeras situações nos fisgam com brutalidade. Fazemo-nos vítimas das crises sociais e culturais. Sentimo-nos injustiçados ao não encontrar honestidade, caráter, humanismo e boa vontade nos indivíduos ao nosso redor. O ser humano percebe o quanto desumano vem se tornando. Agindo como selvagem, pisando nos outros para crescimento próprio. Individualismo e egoísmo estampam-se em sua face.
            Latentes neste breu infinito estão os poucos indivíduos possuidores dos valores tão escassos. Eles que acabam sendo anexados num contexto de exclusão, são raramente reconhecidos. Porém, são capazes de fazer a diferença. Resta a nós, viventes das contínuas crises sociais, buscá-los em nossos interiores, em nossas mentes e em nossos corações. Deixar nossa marca no mundo. Lutar pela mudança, pela melhora. Basta querer.

Amor ou dependência?


           Ter um companheiro ao seu lado é uma das ideologias que, ao longo dos anos, vem tornando-se mais absorvida. Para grande parte das pessoas, estar comprometido já não leva mais o peso como antigamente. Muitos possuem um parceiro mas não se contentam e, consequentemente, relacionam-se com outro alguém.
            Hoje em dia, nas pessoas existe um sentimento de dependência junto a carência e medo de ver-se só. Busca-se um namorado, alguém para apoiar-se, sentir-se segura e protegida, que a faça feliz já que, só, não encontra a felicidade. Esta fragilidade que nos consome tem tornado os relacionamentos desagradáveis nos quais um dos dois ou mesmo ambos cultivam a possessão, o ciúme, a extrema preocupação pelo outro, um dos motivos pelo qual há traições e o tradicional vai e vem dos términos e reconciliações amorosas.
            Solteiro, o individuo passa a ser rotulado como festeiro, relaxado, despreocupado com o amanhã ou mesmo inferior. Muitas vezes acaba “segurando vela” em encontros de casais, carregando um sentimento de solidão. Assim, busca também uma companhia para afastar-se da sensação de estar inadequado na sociedade.
            Antes de relacionar-se, a pessoa deveria madurecer seu eu interior, sentir-se livre e independente, não buscar no outro a fim de encontrar apoio em consolo, mas para compartilhar suas felicidades e tristezas, respeitando o espaço do outro para, então, ser respeitada. Não é necessário correr atrás de um parceiro. Na hora certa, na qual você realmente terá amadurecido, vai encontrar seu amor, sua companhia para todas as horas.
                                                                      

O segredo da felicidade


            Uma variedade imensa de publicações em artigos, reportagens, livros, televisões, propagandas, e outros meios de transmissão de idéias tentam traduzir o segredo da felicidade. Muitos auxiliam, dão aquele impulso que faltava para levantarmos do chão. Porém, não nos mostram realmente o que tanto buscamos, digamos que nos dão pistas para nossa caça ao tesouro.
            Acredito eu, por minha própria experiência que é uma questão de tempo. Não estou julgando que precisamos somente esperar algo acontecer, sem tomar iniciativas ou decisões. A vida trará inúmeros acontecimentos que farão com que cresçamos, evoluamos nossa mente, mas não é assim tão simples como aparenta ser. Para que amadureçamos, é necessário agirmos perante o que chega a nós. Nem sempre iremos tomas as atitudes certas, podemos errar. O erro faz com que possamos refletir e concluir como acertar.
            Digo tudo o que estou a afirmar, pois nestes poucos anos de experiência, encontrei muitas pistas que me levaram a uma grande descoberta: a felicidade permanece dentro de cada uma das pessoas, na espera de um estímulo para ser ativada. Tirando minhas conclusões, percebi que a intensidade da vida e a felicidade podem-se resumir em simplesmente abrir os olhos, ver a vida com mais cor, com mais brilho. Valorizar cada momento. Parar para admirar algo que nunca fora percebido por nossos olhos acostumados com a contínua rotina. Sentir-se livre, vivo. Olhar-se no espelho, sorrindo e poder dizer: eu sou feliz.
            Não importa o quanto você demore a encontrar o segredo. Basta deixar-se levar pela correnteza da vida, modificando seu percurso quando sentir que precisa. Nada impede que você seja feliz. A felicidade está em tudo. Somente você pode encontrá-la.

O despertar do paladar


            O mundo para. Os externos a situação que sejam pacientes durante segundos nos quais viajo por meu inconsciente, recuperando lembranças que vagavam na esperança de serem revividas. Mastigo mais um pouco, causando explosões e soltando fogos de artifício ao céu da boca que brilham até a alma.
            Paladar. Um dos cinco sentidos essenciais a todos que apreciam o sabor da vida. Através das papilas gustativas presentes em nossa língua, usufruímos de quatro gostos categorizados pela ciência: doce, salgado, azedo e amargo. Entretanto, o que os estudos não conseguem comprovar são as inúmeras sensações que o paladar nos proporciona.
            Jovem, mas também experiente, sou testemunha desta maravilha. Ao ingerir determinada carne ou massa, momentaneamente revivo dentro de mim os costumeiros almoços que reuniam, desde meus avós até a minha geração em um passado recente. Durante o consumo de doces, caracterizados por um sabor inesquecível, perco-me novamente entre minhas valiosas memórias.
            São imensidões de alimentos que tendem a fazer-me apreciar os instantes que proporcionam vitalidade a minha pessoa, relembrando tantas experiências e sensações que se fundem construindo parte de minha história.
                                                                        

The sound of sunshine